A História Cultural
surge e toma mais formato de vertente da História durante as décadas de 1970 e
1980. Dedica-se a “ver com novos olhos” as fontes e os diversos agentes
históricos e personagens dos fatos, dando-lhes novas falas, bem como fazendo
surgir novos ouvintes. Cai por terra, ou ao menos passa a ser vista de uma nova
forma a ideia de que a História Nova passa a dar “voz a quem não tinha vez”, na
verdade não havia quem escutasse essas vozes...
Tal vertente da
História tem em sua essência uma forte ligação com a antropologia, pois lida
com os diversos aspectos do ser humano e de suas relações em sociedade.
Passa-se a analisar o homem a partir daquilo que melhor o caracteriza, sua
melhor produção e seu melhor reflexo: sua cultura.
A História atualiza-se
constantemente, ela é viva...
Partindo deste
pressuposto, percebemos a História Cultural como uma nova “batida no coração”
da ciência histórica. Abre-se após seu surgimento, um leque de perspectivas e
métodos para a construção da História e sua escrita. Muitas “matérias-primas”
que passavam despercebidas aos olhos do historiador tomam novos aspectos, e ele
torna-se um historiador detetive,
como nos sugere Pesavento.
Surgem novos métodos de
pesquisa como por exemplo, o método da
montagem, que consiste na junção de ideias, fatos e descobertas, frutos de
pesquisas para a construção de um panorama geral de um acontecimento. Frente a
tudo isso, vários conceitos vão surgindo como forma de dar sustentação à esta
nova História Cultural.
A conceito da representação, preocupado em analisar
como os homens projetam e estabelecem a si e ao mundo que os cerca.
Representações não são o real, mas podem ser um símbolo da realidade. O imaginário passou a contribuir na nova
História Cultural como forma de compreender como os homens dão sentido aos seus
mundos, às suas representações. A narrativa
valida a escrita da História, diferenciando-se esta da Literatura pelo fato de
que esta última inventa seus fatos, pois faz parte de sua produção. A narrativa
é importante para relatar, analisar e compreender os fatos.
A partir desta nova
História Cultural, os textos historiográficos ou as textualidades das fontes
históricas formam verdadeiros campos de investigação do historiador. Fazer
História com base em uma perspectiva Cultural consiste tornar-se um
investigador deste campo abrangente, instigante e misterioso de porquês.
Marcos Augusto de Freitas Costa
4º Período - História/UVA
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